Não sei porquê, mas nunca antes se ouviu tanto a palavra "angolanidade" como se ouve hoje... Parece que um sem número de gente despertou e passou a amar mais a sua pátria, aprendeu a valorizar o que é seu, suas gentes, ritmos, hábitos e costumes, sua cultura, e foi preciso conhecer outros horizontes p'ra reconhecer que como o nosso não há igual.
Isso parece aquela velha dúvida do "Será que a casa do vizinho é melhor que a minha?" em que acabamos por notar que, apesar de tudo, é em nossa casa que queremos estar.
Quanto mais exploro o mundo cá fora, quanto mais expando meus horizontes, quanto mais vivo, experimento, sinto, mais certa fico do lugar aonde pertenço... Parece que só depois de vivenciar isso, a música de Teta Lando começa a fazer sentido, e sente-se em cada verso, nos quais se pode ouvir "Mas eu sou daquela terra... mesmo em ruínas gosto dela"...
Pois é... que o diga o estrangeiro que foi p'ra Angola à procura da Banda e não encontrou, porque a Banda é meio que um lugar imaginário, que por mais que se procure, só o Mwangolé sabe onde é, o paraíso (imaginário) que é a Banda, p'ra onde com ânsia espera sempre regressar.
É a banda, é a banda... A Angola do meu coração cantada por Matias, a terra pela qual Paulo Flores e Ricardo Abreu morreriam... Das dicas e mujimbos, da fofoca e dos boatos... Do calão que rompe barreiras e vai além fronteiras... Do povo bem caracteristico, reconhecido seja onde for... Dos ritmos de Semba e Kuduro... Das danças, moves e poses e tal...
É a banda... A banda que todo o Angolano, ou melhor, "Bandolano" conhece...E se ser-se da Banda ainda é visto como fardo ou castigo, o bom Bandolano nao troca isso por nada, nem pelo maior dos benefícios...
// ... O título foi explícito, são linhas soltas oh!!// :\
T!ka