Certo dia, eu e Jalampo decidimos aventurar-mo-nos por Bira-Bira à caça de seus avescruzes, pegamos na Garpocha - uma espécie de tractor muito engenhoso, meio de transporte muito comum aqui no RQOP - do tio Pan (diminutivo de um nome "enormemente" grande), e rumamos até lá na esperança de apanhar-mos algum para criação (do Jalampo!!). Mal sabíamos nós do grau de dificuldade daquela actividade. Os avescruzes eram rápidos como raios, eu logo disse para o Jalampo: " - A única maneira de apanhar-mos estes sacanas cor-de-rosa é acelerando descontroladamente e com a rapidez da Garpocha e a tua agilidade, levamos um para casa com certeza". E foi o que fiz, acelerei que nem um louco, Jalampo descontrolou-se a língua não lhe cabia na boca, já batia no pneu traseiro com a força do vento, e os olhos esbugalhavam-se ainda mais, tentei olhar pela janela e mal acreditei que no via, alias não via, a paisagem passava por mim em riscos, nem se chegava a formar imagem nenhuma, Jalampo quase me arrancou o pé do acelerador quando olhou para o conta quilómetros, íamos nós à 25km/h, isso mesmo, inacreditávelmente 25Km/h. Acho que aquela Garpocha nunca tinha andado tão rápido, quase que voávamos, chegávamos até a ser mais rápidos que os próprios avescruzes, e isso me deu uma excelente ideia. já tínhamos alcançado a velocidade mais que desejada, faltava agora usar a agilidade de Jalampo ( e contar com a inércia), pedi que ele atasse suas patas traseiras com a extremidade de uma corda, peguei na outra extremidade e atei-a ao volante, na primeira oportunidade que tive lancei Jalampo contra um avescruz e gritei para que o agarrasse firmemente, e esperei pela oportunidade certa para travar o Garpocha, fazendo com que o avescruz desmaiasse com o embate, estava tão empenhado a pôr em prática o meu plano que mal me apercebi do precipício mesmo diante de mim, travei com todas as patas a uma distancia de 15km do precipício, felizmente a tempo de controlar a situação, e já me esquecendo de Jalampo, quando sinto o embate dele e do avescruz sobre o Garpocha. Já me preparava para comemorar duplamente, afinal sempre tínhamos apanhado o gajo, saltei do Garpocha para ir ter com o Jalampo, e percebi que afinal teríamos mas é de fazer um velório em Bira-Bira para o raio do animal , porque os maus cálculos do Jalampo fizeram com que o pobre do avescruz caísse mesmo em cima do seu chifre da bochecha...
Activamente vivido,
O Pomco-Porbo
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