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domingo, 14 de novembro de 2010

Banda - Linhas Soltas

Não sei porquê, mas nunca antes se ouviu tanto a palavra "angolanidade" como se ouve hoje... Parece que um sem número de gente despertou e passou a amar mais a sua pátria, aprendeu a valorizar o que é seu, suas gentes, ritmos, hábitos e costumes, sua cultura, e foi preciso conhecer outros horizontes p'ra reconhecer que como o nosso não há igual. 

Isso parece aquela velha dúvida do "Será que a casa do vizinho é melhor que a minha?" em que acabamos por notar que, apesar de tudo, é em nossa casa que queremos estar. 

Quanto mais exploro o mundo cá fora, quanto mais expando meus horizontes, quanto mais vivo, experimento, sinto, mais certa fico do lugar aonde pertenço... Parece que só depois de vivenciar isso, a música de Teta Lando começa a fazer sentido, e sente-se em cada verso, nos quais se pode ouvir "Mas eu sou daquela terra... mesmo em ruínas gosto dela"... 

Pois é... que o diga o estrangeiro que foi p'ra Angola à procura da Banda e não encontrou, porque a Banda é meio que um lugar imaginário, que por mais que se procure, só o Mwangolé sabe onde é, o paraíso (imaginário) que é a Banda, p'ra onde com ânsia espera sempre regressar.

É a banda, é a banda... A Angola do meu coração cantada por Matias, a terra pela qual Paulo Flores e Ricardo Abreu morreriam... Das dicas e mujimbos, da fofoca e dos boatos... Do calão que rompe barreiras e vai além fronteiras... Do povo bem caracteristico, reconhecido seja onde for... Dos ritmos de Semba e Kuduro... Das danças, moves e poses e tal... 
É a banda... A banda que todo o Angolano, ou melhor, "Bandolano" conhece...

E se ser-se da Banda ainda é visto como fardo ou castigo, o bom Bandolano nao troca isso por nada, nem pelo maior dos benefícios...


// ... O título foi explícito, são linhas soltas oh!!// :\

T!ka

domingo, 7 de novembro de 2010

Vícios II



... Acontece quando se tem mais do que um vício... E aquele velho probleminha em gerir os mesmos!!!


//... nada a declarar!!// :\

T!ka

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Revolução Do Revolucionado


Sem meios nem rodeios para uma introdução, vou directo ao assunto deste post, que é nada mais nada menos do que a moda, uma vez revolucionada, e que agora novamente a entrar numa, vou chamar, re-re-revolução, ou pelo menos assim se pensa!!

É bem sabido que a moda é rotativa, e que o que se usa hoje já foi moda antes, então que espanto é esse com essa excentricidade que é a moda hoje?! Não, não se trata de nenhuma revolução da moda, pois isso já aconteceu na década de 60, essa tal rebeldia expressada e transparecida nos penteados e roupas actuais, já foi sentida antes e teve lugar nos finais dos anos 50, inicio de 60, e esta excentricidade psicodélica das mil cores foi a cara da década de 70. Ninguém está a revolucionar nada com novas tendências. E quanto ao facto de cada um querer parecer o mais “diferente”, “excentrico”, “notado” possivel, só torna todos mais parecidos, aliás, essa parece ser a ideia que se tem da moda, e do que é seguir a moda, tornar todos em esteriótipos uns dos outros.

Não me interpretem mal, eu não sou contra a moda. Eu também acho piada a essa rotação que é a moda, é bonito ver a classe dos cortes (refiro-me a roupa) dos anos 20 e 50. Eu também sou apologista de que cada um se veste como melhor se sente – apesar de já haver quem se vista com o que não se sente à vontade, só pela satisfação de estar na moda - ... Eu também aprecio a moda.

Chegando ao fundo da questão, o que quero dizer é que, o importante mesmo é saber definir o que a moda é, e perceber que somos nós que a fazemos, reconhecer que o termo certo não é “seguir a moda” e sim “seguir as tendências da moda”, porque é assim que se define tudo o que é novo na moda, como tendência – aceitar que nem toda tendência da moda é p’ra todos -, e acima de tudo, saber que nenhuma dessas tendências são inovações, porque ainda que varie numa coisa ou n’outra, a essência é a mesma e já existiam há muito, portanto aceitar que já tudo foi inventado, e sem revolução alguma, as “novas” tendências são mais velhas do que se pensa!


//Com cada palhaçada que se escreve aqui... Até parece conversa de “Atelier Bibástico”!!// :\

T!ka

Entre Faltas E Ausências – A Saudade

Tantas vezes descrita, acredito que talvez seja dos sentimentos mais sentidos. É verdade que é também um sentimento com uma definição bem lusa, porque saudade só existe em Português.


Não que não seja sentida pelo Inglês e o Francês, simplesmente nenhuma outra língua consegue definir tão bem este sentimento, já que entre o “I miss you” e o “Tu me manques”, saudades mesmo só nós (Portuguese Language Speaking People) sabemos dizer, tão simples quanto “Eu sinto/ tenho saudades...”

A Saudade é um sentimento tão abrangente, que sentimos até de épocas não vividas... É estranho, definimos esse tal sentimento como saudade, mas o que é a saudade afinal? Saudade é uma falta (segundo o inglês), uma ausência ... Falta de um alguém, falta de um lugar, falta de um tempo, a ausência de um tudo menos do que se tem presente.

A Saudade é um sentimento controverso, é a vontade de querer estar ali quando estou aqui, é querer estar com aqueles quando estou com esses, é querer voltar num tempo, que sem remédio, não volta mais...

A saudade é feia e dolorosa, e ao mesmo tempo tão bela, e nunca anda sozinha... Carrega consigo a Melancolia... e por vezes também a Nostalgia, o tal termo que em inglês (Homesickness) implica sentir “Saudades de Casa”...
... E então eu costumava pensar “Home Is Where The Heart Is”, mas a saudade contraria a isso, você poderá estar em casa (onde seu coração está) mas vai sempre sentir saudades de onde você não está... ou será que não?

Pois, está concluído e bem aceite, que a saudade é dos sentimentos mais sentidos, sentir saudades implica viver, faz parte da nossa vivência, de uma forma ou d’outra nós sentimo-la, e entre saudades e faltas de, o importante mesmo é ser feliz


//Bwááááááááá... Um lencinho por favor?!!// :\

T!ka